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Registros do processo

E já que grande parte das pessoas que vivem em sociedades racistas e moralmente repressoras secretamente desejam exatamente esses atos licenciosos,

 

elas os projetam sobre os marginalizados, 

 

e assim convencem a si mesmos que permanecem civilizadas e puras.

 

E realmente algumas comunidades marginalizadas rejeitaram a moralidade consensual - os piratas certamente o fizeram! - e sem dúvida realizaram alguns dos desejos reprimidos da civilização.

 

Você não faria o mesmo?) 

 

Tornar-se "selvagem" é sempre um ato erótico, um ato de desnudamento.

 

 

 

'Zona autônoma temporária' Hakim Bey

Renata:

 

Fiquei com algumas perguntas...

 

O que é uma situação de risco?

 

Que tipo de estado corporal você reconhece quando acessa o corpo em risco?

 

Quais são as relações entre o Risco, o Cotidiano, a Deformação e Política?

 

Porque essas questões nos movem hoje? O que te move? Como você se move? Com quem você se move?

Bruna:

 

Re, andei relendo o projeto e selecionei alguns trechos que mais me chamam a atenção e queria fazer uma proposta a partir da minha experiência aqui no cem e de um livro que estou lendo que se chama: Crítica del pensamiento amoroso, da Mari Luz Esteban

 

 

Trechos do projeto: 

situações cotidianas de desconforto e instabilidade

experimentar o desconforto, dizer coisas difíceis para nós e para outros

 

 

Uma frase que tenho ouvido muito aqui no c.e.m:

todo encontro traz deformação

Alguém tem me questionado muito sobre a forma como acesso ao movimento, diz que transformo tudo muito fácil e rapidamente em dança…

 

 

Do livro (é feminista!!!):

Lo personal és político

Empoderamento (e fico pensando em apoderamento a partir de pequenas ações cotidianas, apoderamento do corpo, da cidade, do discurso…)

 

Possível proposta para nós:

Filmar horas do nosso cotidiano, para nos acostumarmos com a presença da câmera e assim deixarmos pequenos gestos irem aparecendo, podemos selecionar o material depois, mas a ideia é deixar rolar pra ver o que aparece…

E isto me aproxima da ideia de documentação daqui, do ecoador, que vc deve ter ouvido também, e das situações cotidianas que comentamos no projeto…

 

Também me vem a ideia de um manifesto da intimidade

E a partir desta ideia pensei no que temos necessidade de denunciar a partir de nossa intimidade, de pequenas situações que vivemos, calçadas tortas no caminho, cantadas na rua, coisas que passsamos com namorados… e pensei de expandir isto para outras pessoas, o que outras pessoas tem necessidade de denunciar a partir de seu corpo, do caminho até sua casa… é a calçada que é estreita para seus corpos em comparação com as avenidas largas para os carros? É não poder usar mini-saia sem levar uma cantada…enfim manifetos da intimidade: o que vc tem necessidade de denunciar?

…podemos criar algo no face para que as pessoas postem…

 

Sobre o figurino, estes dias vimos um documentário com um senhor que usava um óculos de mergulho cor-de-rosa e por ter uma “máscara” se permitia reveler coisas, pensei que podíamos usar em algum momento uma máscara nesse sentido, um óculos extravagante, um nariz de palhaço, uma peruca, uma fantasia, roupa sei lá, que nos permitisse revelar uma outra coisa de nós mesmas, dançar funk loucamente, qualquer coisa que nos permita estar de outra forma…

 

Que fisicalidade pode surgir ao considerarmos estas denúncias, estes desconfortos cotidianos?

 

Um simples ato pode tornar-se uma ação politica – Hannah Arendt

Começar-continuando 1 (19/01/2014) 

 

começar-continuando desde Intimidade dócil, desde talvez um pouco antes, um pouco depois,

 

escuto o que permance ainda em mim e sinto uma forma, 

 

a princípio tento deformar o rosto com arroz, mas não fica muito visível (fico com vontade de experimentar com unhas,algo que venha de mim e por mais tempo pra ver se deforma),

 

olhando pra imagem começo a me interessar pelas pernas...

 

há um desejo de deixar a coluna sempre torta, sinuosa...

 

vamos ouvindo o que isto pode vir a ser, o que vai sendo...

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